Depois de 16 anos estou
vivendo mais intensamente minha querida Patos. Muita coisa mudou, a terrinha
cresceu, o comércio desenvolveu mais ainda e a “Morada do Sol” está consolidada
como uma das mais importantes cidades interioranas do Nordeste.
Uma coisa parece não mudar em
Patos, sua imutável forma de fazer POLÍTICA! Tudo segue exatamente como “sempre” foi. Dois grupos
polarizam a disputa e se revezam no poder, vez por outra aparece alguém que
tenta modificar o processo, mas sem muito sucesso.
Nesses poucos dias de
retorno já pude observar um pouco do cenário que se desenha para 2016.
A Prefeita Francisca Mota, apesar de não empolgar e conduzir a cidade
de modo um tanto “capenga”, sendo incapaz concluir algumas obras importantes, deve
ser candidata à reeleição. Sim, é
favorita. Claro que é. Tem em casa um deputado estadual e um federal (se bem que o segundo anda meio “queimado”,
parece que se “queimou” assando uma pizza). Mas é fato que são dois cabos
eleitorais muito fortes. Além disso, tem toda a estrutura do governo e quer
queiram, quer não, isso conta muito no processo.
Uma das coisas que lhe favorece é o histórico de Nabor, mas isso também pode lhe prejudicar. Não são poucos os que aventam uma volta do deputado para a Prefeitura.
O deputado Dinaldinho Wanderley, parece imprimir
em sua trajetória política um estilo um tanto diferente do seu pai. De jeito
mais leve no agir, mais tranquilo, menos “espoletado”, de posturas mais
diplomáticas, o moço parece querer dar um tom diferente na disputa com os Mota.
Vejo um Dinaldinho
propositivo e coerente. Um exemplo é sua atuação como deputado. Na ALPB, apesar
de ser da oposição, não se faz de rogado e vota com o governo quando entende
que a questão é justa.
O que pode contar contra
ele? Exatamente o que conta a seu favor. Seu estilo de fazer política por
muitas vezes, fez com que alguns o entendessem como desestimulado. O desafio do
doutor é fugir das comparações com o pai e evidenciar o desejo de ser o
prefeito de Patos.
Saindo da polarização temos Bonifácio Rocha e Lenildo Morais, mas de verdade, eles não me parecem sair de fato
dessa rota. Afinal de contas, falamos dos dois candidatos a vice-prefeito nas
últimas eleições. Ou seja, os que tinham nome para se apresentarem como
alternativas outras, seguiram a caravana da polarização, dançaram conforme a
música e disseram: “se não podemos vencê-los, juntemo-nos a eles”.
Ouvi rumores em Patos que Lenildo dessa vez é candidato e não
abre nem para o trem. Daí eu pergunto: E se o “maquinista” for o “dono dos
girassóis”? Alguém tem dúvida que abre?
E Rocha? Bem, uns dizem que
ele vem, outros que não... Já pensou se os dois se unissem? Rocha e Lenildo ou
Lenildo e Rocha? E se o “maquinista” mandar?
Sobra Silvano Morais, esse mantém seu nome, mas sejamos bem sinceros,
dificilmente conseguirá seduzir aos que esperam uma outra via que fuja da
polarização Mota X Wanderley.
Por fim, em Patos tudo
parece caminhar para mais uma disputa acirrada entre os Mota e os Wanderley,
mas dessa vez parece que a disputa terá que ser muito mais propositiva, pois
uma das coisas que aos poucos vem mudando na cidade (seguindo a tendência
nacional), é o perfil do eleitor, que está a cada dia mais persuasivo, crítico
e indisposto a se render aos velhos encantos.
Claro que a escolha dos
candidatos a vice pode influenciar muito. Sobre isso falaremos outro dia...
Caco Pereira
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