CAMPO
DEMOCRÁTICO E POPULAR DE PATOS
Na
manhã deste domingo (29), representantes dos partidos de esquerda realizaram no
auditório do Hotel JK no centro da cidade, uma planária para a criação do Campo
Democrático e Popular de Patos.
O
encontro que teve como organizadores o PT e o PCdoB, contou com a participação
de lideranças dos PSB, PP, PSOL e Rede Sustentabilidade. A plenária também
contou com uma efetiva participação de sindicatos, líderes de movimentos
sociais, mulheres, juventude, ativistas culturais e demais integrantes da
sociedade civil.
Após
os representantes dos partidos usarem a palavra, a plenária ouviu alguns os
participantes e unificou-se numa ideia de fortalecimento do campo esquerdista
na cidade de Patos.
Para
o pré-candidato a prefeito pelo Lenildo Morais (PT), um dos organizadores do
evento, a plenária foi vitoriosa no sentido da criação de uma esquerda cada vez
mais forte e mais unida em Patos. “Hoje
cada um dos partidos que aqui estiveram, sai mais forte e principalmente mais
unificado. Teremos que dar prosseguimento as ideias que foram colocadas pelos
participantes. Foram criadas comissões com três integrantes por partido, para
sentarmos e definirmos como essa unidade será levada às ruas. Temos outros
nomes de pré-candidatos, o que é normal, porém vamos debater a melhor forma de
fortalecimento de uma aliança política para vencermos as eleições. O Campo
Democrático e Popular que inicia sua trajetória em Patos tem vários pontos incomuns
e é nesse aspecto que apresentaremos nossos planos de gestão a sociedade”,
disse Lenildo.
O
próximo passo do Campo Democrático e Popular de Patos será a reunião com as
comissões de cada partido que compõem o Campo, para definições de coligações
para chapas proporcionais e majoritárias. Esse encontro acontecerá na noite da
próxima terça-feira (31), ás 19h:30 na residência do pré-candidato Lenildo
Morais.
Com Eduardo Rabello
O GRANDE DESAFIO PARA PT e PCdoB
O
grande desafio para a concretização da Frente Democrática e Popular reside
exatamente em conseguir unidade a ponto de fazer com que as várias pré-candidaturas
já anunciadas, sejam transformadas em uma única candidatura. PT e
PCdoB já estão unidos em torno do nome de Lenildo Morais. Aparentemente os dois partidos estão fechados.
Será que o PSOL retira sua candidatura e se junta
ao projeto do atual vice-prefeito? Silvano Morais afirmou que sem dúvida o PSOL
tem candidatura própria. “Queremos as união das esquerdas, mas em
torno do nome do PSOL”, afirmou Silvano. Ou seja, será muito complicado fazer Silvano fazer parte do projeto, exceto se ele for o cabeça de chapa.
E o
PDT que sequer mandou representante? Como será que vai o partido? Afinal de
contas, anunciou Sávio Salvador como pré-candidato. O fato de não participar do encontro já diz muito sobre a disposição.
A Rede Sustentabilidade está disposta a retirar sua pré-candidatura? O PP deixa a aliança já costurada com o PDT?
Já o
PSB é uma incógnita. De acordo com o Professor Silvonetto, vice-presidente
municipal da legenda, o partido deliberou por candidatura própria, e está
dentro do processo de discussão. Segundo o professor, essa é uma posição
bastante firme, porém o diálogo pode viabilizar uma mudança na postura.
Nesse caso específico, sabemos que o que valerá é a decisão que vem de um certo palácio.
Acredito que o fortalecimento de um nome da esquerda dará ao eleitor patoense a oportunidade de escolher um nome além da polarização que há anos domina os destinos da Morada do Sol.
Vamos esperar para conferir. Até as definições muito ainda vai acontecer.
COMO
VAI FICAR LUCINHA?
Se confirmada a aliança entre PT e PCdoB em Patos, a vereadora Lucinha (PCdoB) aparentemente vai ter uma situação complicada dentro
do próprio partido. Ela tem ligação muito forte com o grupo do PMDB.
Com o distanciamento anunciado pelo seu partido, da atual gestão, a vereadora, em nome do quesito "fidelidade partidária", subir no palanque de outro
candidato, que não o do PMDB.
Questionado
sobre a situação da vereadora o vice-presidente estadual da legenda, Zé
Gonçalves disse: “A decisão é o PCdoB. O
PCdoB é maior do que Zé Gonçalves, qualquer vereador, maior do que qualquer
deputado. Quem define é a direção municipal, nós temos um coletivo, nós temos
um partido do centralismo democrático e qualquer decisão do PCdoB, a minoria
terá que se submeter a maioria, isso é a democracia que existe. Então não tem
isso de posição de Zé Gonçalves, de posição de vereadora, de vereador, tem a posição
do PCdoB, e a posição do PCdoB tem que ser cumprida, independentemente de cargo
que exerça. A nossa discussão passa pelo coletivo do partido; e nós decidimos
anteriormente, e iremos decidir agora, e todos os companheiros e companheiras
tem seguir nosso projeto eleitoral, caso não siga, nós temos o estatuto para
aplicar democraticamente”.
E aí? Será que O PCdoB segue na aliança e deixa a vereadora em situação complicada? Zé Gonçalves garante que sim. Pessoas ligadas ao PMDB juram que não.
O que sabemos é que se mantida a decisão do partido, Lucinha fica numa situação complicada. E
agora José? E agora Lucinha?