domingo, 23 de julho de 2017

O que esperar de quem apoia e defende a ditadura de Maduro?




Somos pela democracia e contra a ditadura, mas na Venezuela apoiamos Maduro e a ditadura chavista! Essa é a postura prática do PT, PC do B,  PDT e PCB. Isso mesmo. Os partidos que se postam como paladinos da democracia no Brasil, deram mais uma demonstração clara de que, no que diz respeito a outros países, a ditadura é válida, desde que os ditadores sejam seus aliados.

Durante a 23ª edição do Foro de São Paulo, realizada em Manágua, capital da Nicarágua os partidos intensificaram o discurso em defesa do regime chavista de Nicolás Maduro, exatamente quando o país vizinho vive uma escalada de violência política que já deixou mais de cem mortos desde abril, segundo o Ministério Público local.
No encontro diversos partidos de esquerda da América Latina subscreveram a decisão final do Foro, defendendo a elaboração de uma nova Constituição que amplia os poderes de Maduro, exalta o “triunfo das forças revolucionárias na Venezuela” e diz que a “revolução bolivariana é alvo de ataque do imperialismo e de seus lacaios”.
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em discurso durante o evento, que o Partido dos Trabalhadores manifesta “apoio e solidariedade” ao governo do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), seus aliados e ao presidente Nicolás Maduro “frente à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela”. 
“Nosso apoio ao Maduro é total. O Foro foi bem unificado em relação à Venezuela. Não houve omissão, porque a virulência da oposição está grande e conta com muito apoio externo”, disse Ana Prestes, uma das representantes do PC do B.
O PDT não enviou representantes ao evento, mas alinhou o discurso, embora tenha sido mais comedido. “Nós apoiamos a autonomia do povo venezuelano de decidir seu destino. Condenamos atos de violência, mas pontuamos que, no caso da violência, ela vem dos dois lados”, disse Carlos Lupi, presidente nacional do PDT.
Outro partido que também não enviou representação ao evento, mas também manifestou apoio ao regime totalitarista de Maduro foi o PCB, que através do seu secretário geral Edmilson Costa, informou que o partido apoia “incondicionalmente o governo bolivarianista de Maduro”.

Já o PSOL fez o que faz todo pelego faz. Ficou em cima do muro. Não se posicionou quanto a Venezuela. O PPS que nos primeiros anos do Foro era participante, mas depois se afastou, se pronunciou da seguinte forma através de Roberto Freire, presidente do partido: “Era uma reunião na qual existiam partidos que tinham uma visão democrática bem acentuada, tal como nós. Imaginava-se que aquilo iria ser uma organização pluralista. No momento em que passou a ser um instrumento de concepções antidemocráticas e totalitárias que resultaram nessa ditadura venezuelana, o partido se afastou. ”  O PSB também já tem se afastado. Com raras exceções o partido reprova tanto o Foro como a defesa do regime totalitarista na Venezuela.

Em suma, os que tanto se colocam como defensores da democracia evidenciam que seus postulados estão apenas eivados de interesses de poder, e que aquilo que defendem aqui, pode ser modificado em outros países. O que garante que não é esse o mesmo projeto para o Brasil?

Porque se colocar como defensor da liberdade, da igualde, da justiça aqui, mas agir apoiando quem promove exatamente o contrário logo ali do lado?
Qual a esquerda verdadeira? A que fala tanto em democracia justiça social, igualdade de oportunidades, direitos humanos ou a que defende ditaduras e ditadores, execuções e executores? É possível confiar neles? Afinal, o que eles querem para o Brasil? O mesmo que defendem para a Venezuela?




Ricardo Caco Pereira
Com informações de O Estadão




Nenhum comentário:

Postar um comentário