quinta-feira, 27 de julho de 2017

Ricardo escolheu João. E Lígia, como fica? Lígia fica?




Alguns portais têm noticiado desde ontem que o governador Ricardo Coutinho bateu o pé com relação ao nome de João Azevêdo como o mais indicado para representar o projeto socialista nas próximas eleições. Algumas ponderações podem ser feitas a partir da decisão de Coutinho.

Um caminho mais simples para muitos, seria ter trabalhado o nome da vice-governadora Lígia Feliciano. O processo teria sido mais consolidado em 3 anos de governo. Lígia poderia inclusive ter ido para o PSB, se fosse esse o caso, sua imagem estaria próxima ao governador. Aparentemente na cabeça da vice, esse era um processo tranquilo. A doutora até fez curso fora do país, teoricamente se preparando para algo que lhe era natural, mas as escolhas do governador colocam a vice como coadjuvante no processo e deixam claro que RC não é exatamente alguém que negocia, que cede, mas que toma decisões e as comunica. Cabendo bem no contexto a frase "Manda quem pode. Obedece quem tem juízo".

A grande questão é saber como irá se comportar a vice-governadora. Será que ela simplesmente vai se aquietar e aceitar o papel que lhe está sendo imposto, até o final da gestão? Ou vai brigar pelo protagonismo?

Para seus aliados, Lígia reúne condições muito maiores de disputar as eleições em 2018 que o escolhido pelo governador. Ricardo não vê dessa forma. E ela? Seguirá a opinião de seus aliados ou permanecerá quieta em obediência a aliança com o governador? Lígia se permitirá sair do governo sendo vista por alguns como uma vice-figurativa ou brigará para ao menos tentar ser candidata ao cargo para o qual se preparou nos últimos anos? 

A batida de pé de Ricardo é precipitada? Bancar Azevêdo, aquele mesmo que não decolou numa candidatura à prefeitura de João Pessoa não é uma jogada muito arriscada? O governador é um cabo eleitoral tão forte que irá conseguir transferir prestígio e voto em tão pouco tempo para alguém que aparentemente é politicamente pesado? 

João é sem dúvida a cartada mais ousada do Governador. Azevedo é um técnico, um camarada visivelmente distinto do esperado no meio. Não eleger seu pupilo será um golpe muito duro na trajetória política de RC, porém elegê-lo será a consolidação de Ricardo como o maior nome da política paraibana nos últimos anos. A amiga Lígia estará nesse palanque ou...?

Enfim, Ricardo escolheu João. E Lígia, como fica? Lígia fica?






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