sábado, 21 de maio de 2016

A WALDIRMARANHÃOZADA DE TEMER, O FROUXO!



O Ministério da Cultura foi recriado pelo Presidente em exercício Michel Temer que cedeu aos pedidos dos políticos e a pressão dos que eram  beneficiados pelo órgão. A atitude do Presidente demonstra que a tal proposta de um novo modo de governar é apenas o “mais do mesmo”, é só a famosa “conversa pra boi dormir”. O pior é que o “boi Brasil” já estava se deitando no berço esplêndido do que agora pousa como mandatário da nação.

Hoje Temer deu o primeiro grande sinal de que, com a queda de Dilma e sua ascensão, não se buscou nenhuma mudança significativa. O que se quis na verdade foi mudar os nomes de quem detém o poder. E que para manter o status permanecerá sendo comum retroceder, renegociar, voltar atrás, abraçar quem antes levou bordoada, enfim...

Os defensores do Presidente certamente dirão que ele está sendo sensível ao clamor popular, tendo a humildade de voltar atrás e reconhecer que cometeu um erro. Por isso está certíssimo em recriar o ministério. É um presidente austero, justo e pronto a servir a nação.

Não entro no mérito da necessidade ou não de um ministério específico para a cultura. Também não questiono a virtude de retroceder, voltar atrás, mudar de opinião. O fator motivador da decisão é que pesa em minha avaliação de um presidente que se mostra forte como “caldo de batata”. Por que Temer voltou atrás? O que o fez reavaliar e considerar o antes desnecessário, agora imprescindível?

Utilizo-me do dito por um amigo que chamou o Temer de “caba frouxo”. E digo mais, é “arregueiro”, “batedor de pino”, politiqueiro e fazedor de conchavos. O mandatário que toma uma iniciativa tratando-a como necessária em um processo de mudança imprescindível no país e volta atrás na primeira pressão de meia dúzia que teoricamente se locupletava com o bem público, não é digno do posto que ocupa. Ao contrário disso, muito contrário!

Na verdade fica evidente que a “waldirmaranhãozada” de Temer, desdizendo agora o que disse antes, não é por um entendimento de que pode alterar o orçamento ou mesmo pelo tal clamor popular, muito menos por reconhecer a importância do ministério dos intelectuais da esquerda. É na verdade, a demonstração que a ideologia que tanto foi posta como enfraquecida, está bem forte e ainda poderá impactar muito mais do que se pensa.

A atitude acovardada de Temer evidencia que o agora ocupante do cargo não tem a firmeza necessária para quem preside uma nação. Se ele não é capaz de sustentar sua decisão em relação a um ministério, imagine como tremerá nas bases quando tiver que tomar atitudes drásticas e necessárias em relação a economia, por exemplo.

A postura do senhor Michel Temer é o mais claro retrato de uma classe política eivada de gente oportunista, politiqueira, covarde e totalmente pronta a fazer os mais vis conchavos na busca pelos seus projetos de poder. Eles são incapazes atender os anseios de uma nação que padece em virtude dos políticos que temos. Até porque não têm o menor interesse nisso. O seu grande querer é outro.

O pior de tudo é olhar para a cena política nacional e não conseguir ver ninguém que inspire a confiança necessária para dirigir essa nação. É olhar e ter que admitir que estamos fadados a permanecer presididos pelo frouxo do Temer, o homem que cedeu no primeiro “acouxo” e que certamente está disposto a "negociar" muito mais para permanecer onde está. Ou seja, marionete por por marionete...





Caco Pereira





Um comentário:

  1. Cabe uma pergunta, por que raposa ele é: De que adiantaria aos corneteiros a recriação do Ministério com as torneiras fechadas? Com o serpentário do PMDB, todo conchavo é pouco.

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