O Ministério da Cultura foi
recriado pelo Presidente em exercício Michel Temer que cedeu aos pedidos dos
políticos e a pressão dos que eram beneficiados pelo órgão. A atitude do
Presidente demonstra que a tal proposta de um novo modo de governar é apenas o
“mais do mesmo”, é só a famosa “conversa pra boi dormir”. O pior é que o “boi
Brasil” já estava se deitando no berço esplêndido do que agora pousa como mandatário
da nação.
Hoje Temer deu o primeiro
grande sinal de que, com a queda de Dilma e sua ascensão, não se buscou nenhuma
mudança significativa. O que se quis na verdade foi mudar os nomes de quem
detém o poder. E que para manter o status permanecerá sendo comum retroceder,
renegociar, voltar atrás, abraçar quem antes levou bordoada, enfim...
Os defensores do Presidente
certamente dirão que ele está sendo sensível ao clamor popular, tendo a
humildade de voltar atrás e reconhecer que cometeu um erro. Por isso está
certíssimo em recriar o ministério. É um presidente austero, justo e pronto a
servir a nação.
Não entro no mérito da
necessidade ou não de um ministério específico para a cultura. Também não
questiono a virtude de retroceder, voltar atrás, mudar de opinião. O fator motivador
da decisão é que pesa em minha avaliação de um presidente que se mostra forte
como “caldo de batata”. Por que Temer voltou atrás? O que o fez reavaliar e
considerar o antes desnecessário, agora imprescindível?
Utilizo-me do dito por um
amigo que chamou o Temer de “caba frouxo”. E digo mais, é “arregueiro”,
“batedor de pino”, politiqueiro e fazedor de conchavos. O mandatário que toma
uma iniciativa tratando-a como necessária em um processo de mudança
imprescindível no país e volta atrás na primeira pressão de meia dúzia que
teoricamente se locupletava com o bem público, não é digno do posto que ocupa. Ao contrário disso, muito contrário!
Na verdade fica evidente que
a “waldirmaranhãozada” de Temer, desdizendo agora o que disse antes, não é por
um entendimento de que pode alterar o orçamento ou mesmo pelo tal clamor
popular, muito menos por reconhecer a importância do ministério dos intelectuais da esquerda. É na verdade, a demonstração que a ideologia que tanto foi posta como
enfraquecida, está bem forte e ainda poderá impactar muito mais do que se
pensa.
A atitude acovardada de
Temer evidencia que o agora ocupante do cargo não tem a firmeza necessária para
quem preside uma nação. Se ele não é capaz de sustentar sua decisão em relação
a um ministério, imagine como tremerá nas bases quando tiver que tomar atitudes drásticas e
necessárias em relação a economia, por exemplo.
A postura do senhor Michel
Temer é o mais claro retrato de uma classe política eivada de gente
oportunista, politiqueira, covarde e totalmente pronta a fazer os mais vis
conchavos na busca pelos seus projetos de poder. Eles são incapazes atender os
anseios de uma nação que padece em virtude dos políticos que temos. Até porque não
têm o menor interesse nisso. O seu grande querer é outro.
O pior de tudo é olhar para
a cena política nacional e não conseguir ver ninguém que inspire a confiança
necessária para dirigir essa nação. É olhar e ter que admitir que estamos fadados
a permanecer presididos pelo frouxo do Temer, o homem que cedeu no primeiro “acouxo” e que certamente está disposto a "negociar" muito mais para permanecer onde está. Ou seja, marionete por por marionete...
Caco Pereira
Cabe uma pergunta, por que raposa ele é: De que adiantaria aos corneteiros a recriação do Ministério com as torneiras fechadas? Com o serpentário do PMDB, todo conchavo é pouco.
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