domingo, 8 de janeiro de 2017

DINALDINHO E A OPOSIÇÃO PATOENSE




Em uma semana de governo, o prefeito de Patos Dinaldinho Wanderley (PSDB) parece ter sofrido mais críticas do que quem passou muito mais tempo no comando da Capital do Sertão.Todo dia é uma "lapada" no lombo do "cara da mudança". O repertório de pancadas é diversificado, assim como é o exército de insatisfeitos com o novo prefeito. Essa novidade no cenário político na Morada do Sol traz a tona algumas constatações e questionamentos, desembocando em reflexões sinceras. 


Numa observação simples, constatamos que muita gente não desceu do palanque, que os comícios, ainda que agora apenas nas redes sociais, nos programas de rádio e nas conversas de meio de rua, continuam acontecendo em ritmo fervilhante, como é o clima da terra de "Majó Migué".


Imaginamos que a equipe de Dinaldinho não esperava que a tática de guerrilha da oposição  fosse tão ofensiva de imediato. Ao que parece, esperava-se um pouco de fôlego nos primeiros dias de governo.


Evidentemente fica bem visto que o grupo que saiu tem em suas fileiras muitas pessoas que não estavam preparadas para perder, tanto que não têm sido capazes de assimilar a derrota e vivem agora o mais pleno "esperneio de perdedor". Reclamam de tudo e em todo tempo, são incapazes de esperar para ver e o pior, muitos claramente torcer pelo "quanto pior, melhor".


Alguns questionamentos são necessários:

1. Até que ponto Dinaldinho vai fazer ouvidos môcos as vozes da oposição patoense?


2. Essa postura da nova oposição evidencia que os Motta não estavam preparados para não mais ser governo ou apenas mostra que eles sabem como fazer uma oposição de "guerrilha", diferente de Dinaldinho que não usou durante muito tempo uma postura mais ofensiva?


3. Há um outro "Dércio Alcântara" orientando os algozes de Dinaldo Filho? Se há, o Dércio "original" irá contra-atacar? Duvido que não.


4. O "esperneio" de agora durará até 2018 ou cessa logo?


Passadas as constatações e questionamentos, permitam-me refletir de modo sincero:

Penso que os interessados em atacar por atacar, não estão com os olhos voltados para o bem da cidade, mas sofrem do que em meu dicionário de latim no estilo caquês,  chamo de "saudadis peitium est" ou apenas "é saudade do peitinho".


Embora tenha um exército militante e imensamente voraz, inclusive sendo capaz de apresentar um lado reinvidicador de quem nem sabia o que era ser opositor, a oposição de Patos, perderá forças  em pouco tempo, desde que Dinaldinho implemente de modo eficaz uma gestão proativa, que mude a situação da cidade e faça com que a Morada do Sol deixe de aparecer nas investigações da Polícia Federal e passe a figurar em páginas que exaltem o que há de melhor nas Espinharas.


Por outro lado, se o prefeito demorar a agir, terá que conviver com uma oposição forte e que conseguirá fazer com que a opinião pública rapidamente se volte contra o ele. Com isso, os Motta voltarão com todas as forças e dificilmente será possível contê-los.


Se por um lado, ainda é cedo para cobrar de Dinaldinho, por outro, é urgente que o rapaz implemente ações concretas que de algum modo reverberem em tom mais alto que as vozes dos reclamadores de plantão.


O primeiro teste de Dinaldinho perante a opinião pública será em 2018, e não pensemos que está longe, na verdade, 2018 começou em 01 de janeiro de 2017.





Caco Pereira


Imagem: Lindizzima.com.br

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