A adesão do vereador Lucas
de Brito (PSL) ao projeto do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) tem rendido um
tremendo “mi mi mi”, um chororô desvairado em alguns setores da política
pessoense. A situação é tratada como algo surreal, absurdo, coisa de outro
mundo, inimaginável...
Sinceramente, o que vejo é
muito choro para pouco defunto. Não digo isso menosprezando a adesão. Ao
contrário, ela é importante e conveniente para ambos; diga-se de passagem. Mas
esse “show” todo é completamente desnecessário. Lucas não foi o primeiro e está
longe de ser o último a mudar de lado. Digo mais, não me espantará se ele
voltar para onde estava. O choro será na mesma proporção?
Na nossa política não existe
isso de incoerência. Aliás, o incoerente mesmo na Paraíba, é ser coerente com plataformas
e ideologias partidárias. A política é um jogo, onde as peças se movimentam conforme
ritmo da partida. As jogadas são realizadas de acordo com as conveniências e
objetivos de cada “jogador”. Ou seja, para Lucas foi mais vantajoso (ele sabe
as vantagens, sejam elas políticas ou quaisquer outras) aderir a Cartaxo.
As conveniências e compensações
que promovem adesões, voltas e mudanças é que determinam onde cada um fica e
por quanto tempo permanece em determinado palanque ou projeto. Alguém pensa
diferente?
Em nosso cenário poucos (se é
que há) podem reclamar desse jogo. A começar pelos maiores nomes estado. Vamos
pensar: Ricardo já esteve contra Maranhão e Cássio. Maranhão já esteve com
Ricardo contra Cícero. Cássio já esteve com Ricardo contra Maranhão. Maranhão já
esteve com Ricardo contra Cássio e agora está com Cássio contra Ricardo. Ah! E Cartaxo?
Bem, já esteve em todos esses palanques também ou os teve no seu.
Em suma, não há nada de
surreal na adesão de Lucas, assim como não é surpresa o “ricardismo” Antonio
Mineral (PSDB). O que surpreende mesmo é essa sofrência das “viúvas” de Lucas,
que teoricamente é um simples vereador.
Estamos apenas começando
2017. Quero ver esse “mi mi mi” quando começarem as adesões, as mudanças, as “traições”,
enfim, quando o for dado início a partida “Eleições 2018”.
Caco Pereira
Imagem: Fragmentos Factuais
Nenhum comentário:
Postar um comentário