quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

INCOERÊNCIA, CONVENIÊNCIA OU APENAS O JOGO?





A adesão do vereador Lucas de Brito (PSL) ao projeto do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) tem rendido um tremendo “mi mi mi”, um chororô desvairado em alguns setores da política pessoense. A situação é tratada como algo surreal, absurdo, coisa de outro mundo, inimaginável...


Sinceramente, o que vejo é muito choro para pouco defunto. Não digo isso menosprezando a adesão. Ao contrário, ela é importante e conveniente para ambos; diga-se de passagem. Mas esse “show” todo é completamente desnecessário. Lucas não foi o primeiro e está longe de ser o último a mudar de lado. Digo mais, não me espantará se ele voltar para onde estava. O choro será na mesma proporção?


Na nossa política não existe isso de incoerência. Aliás, o incoerente mesmo na Paraíba, é ser coerente com plataformas e ideologias partidárias. A política é um jogo, onde as peças se movimentam conforme ritmo da partida. As jogadas são realizadas de acordo com as conveniências e objetivos de cada “jogador”. Ou seja, para Lucas foi mais vantajoso (ele sabe as vantagens, sejam elas políticas ou quaisquer outras) aderir a Cartaxo.


As conveniências e compensações que promovem adesões, voltas e mudanças é que determinam onde cada um fica e por quanto tempo permanece em determinado palanque ou projeto. Alguém pensa diferente?


Em nosso cenário poucos (se é que há) podem reclamar desse jogo. A começar pelos maiores nomes estado. Vamos pensar: Ricardo já esteve contra Maranhão e Cássio. Maranhão já esteve com Ricardo contra Cícero. Cássio já esteve com Ricardo contra Maranhão. Maranhão já esteve com Ricardo contra Cássio e agora está com Cássio contra Ricardo. Ah! E Cartaxo? Bem, já esteve em todos esses palanques também ou os teve no seu.


Em suma, não há nada de surreal na adesão de Lucas, assim como não é surpresa o “ricardismo” Antonio Mineral (PSDB). O que surpreende mesmo é essa sofrência das “viúvas” de Lucas, que teoricamente é um simples vereador.


Estamos apenas começando 2017. Quero ver esse “mi mi mi” quando começarem as adesões, as mudanças, as “traições”, enfim, quando o for dado início a partida “Eleições 2018”.





Caco Pereira


Imagem: Fragmentos Factuais

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